11/02/2020
O fechamento da última refinaria em funcionamento da Petrobras, a Fafen/Paraná fará o país ficar refém da importação de ureia, utilizada na alimentação do gado. Preço da carne pode subir e afetar exportação O fechamento da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen), de Araucária, no Paraná, que vai deixar mil trabalhadores da unidade desempregados, é um risco para o setor exportador do agronegócio, responsável por 20% da arrecadação do Produto Interno Bruto (PIB) e também para os brasileiros e brasileiras que se alimentam de carne vermelha. Além de uma possível alta de preços, existe risco de contaminação da carne por formol. O motivo é o fim da produção de ureia pela Petrobras, já que o governo fechou as refinarias da Bahia e de Sergipe e agora quer fechar a do Paraná. Juntas essas refinarias eram responsáveis por 24% da fabricação de ureia, utilizada como suplemento na ração do gado, especialmente na época de seca de maio a novembro, nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, onde estão os maiores rebanhos bovinos do país. O diretor de comunicação da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Gerson Castellano, alerta sobre a possibilidade de produtores do agronegócio aumentarem o preço da carne para compensar o valor mais caro da ureia importada, ou ainda, para não deixarem o gado passar fome, sem o suplemento alimentar, possem a utilizar ureia agrícola, cujo processo leva formol. Um produto totalmente diferente da ureia pura, que não representa perigo à saúde do ser humano. “O brasileiro corre o risco de colocar à sua mesa carne com formol. Se isto ocorrer pode também fechar o mercado internacional, as exportações do agronegócio. Os prejuízos na saúde da população e na cadeia econômica com o fim da produção de ureia pela Petrobras são muito extensos” – Gerson Castellano Desabastecimento Com o fechamento da Fafen em Araucária, o país ficará à mercê do mercado internacional, pagando um alto preço pelo produto, além de sofrer com o desabastecimento, como já ocorreu com a importação de ureia da Bolívia – o país vizinho deixou de enviar toneladas do produto, em novembro do ano passado, por problemas internos. “Ficaremos cem por cento dependentes das importações e isto é um perigo, pois em alguma época do ano poderá ter baixa oferta, já que importamos ureia de países em zonas de conflito, do Oriente Médio e da África, como Irã, Kuwiat, Argélia, a, Irã, Rússia”, afirma Gerson Castellano. Segundo o dirigente da FUP, o fechamento das refinarias da Petrobras traz ainda outro problema, o fim da produção do ARLAN 32, um elemento químico utilizado no catalisador de caminhões a diesel, que auxilia na redução da emissão de poluentes. “O Brasil está sofrendo um processo...26/04/2019
A partir de segunda, podem começar a faltar produtos, diz associação do setor; congelamentos foram anunciados por Macri A Associação de Supermercados Unidos da Argentina alertou nesta quarta-feira (24) para a possibilidade de desabastecimento de alguns produtos com preço congelado a partir da próxima semana. A fixação dos preços foi decidida pelo presidente Mauricio Macri em uma tentativa de controlar a inflação do país no ano em que deve tentar a reeleição. “Temos a expectativa de que, na segunda (29), estejam [nas prateleiras] os preços essenciais, sabemos que há produtos que estão em fase de produção. Sabemos que alguns estão previstos para 7 de maio, mas se está fazendo todo o esforço para que esta segunda esteja completa a lista de Produtos Essenciais [nome oficial do programa de congelamento de preços]”, afirmou Juan Vasco Martínez, diretor-executivo da associação, à rádio La Red. Martínez disse que os supermercados tiveram uma participação mínima na confecção da lista com os 64 produtos que tiveram os preços congelados. “No momento de publicação da lista, havia produtos em processo de produção. Nossa participação na elaboração da relação foi somente pedir à Secretaria de Comércio que se garantisse o abastecimento. A lista foi elaborada pela secretaria e pelos provedores. Para nós, chegou a relação com os preços de venda finais e nada mais”, afirmou. O anúncio do congelamento foi feito por Macri na semana passada. Em três meses a inflação no país chegou à metade do esperado para o ano de 2019, acumulando 11,8%. Em março, o índice foi de 4,7% – maior do que toda a inflação brasileira em 2018 (3,75%). Em 2018, a Argentina fechou o ano com a inflação em 54,7%, duas vezes mais do que o prometido pelo presidente durante a campanha eleitoral de 2015. De acordo com uma pesquisa divulgada em 29 de março pelo Instituto Nacional de Censo e Estatística (Indec), o número de pessoas em situação de pobreza na Argentina aumentou 6,3% no segundo semestre de 2018, cerca de 32% da população argentina é pobre. Antes do pedido de empréstimo de US$ 56,3 bilhões de dólares ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e as políticas econômicas aplicadas pelo governo Macri, números indicam que a pobreza aumentou 4,7% em seis meses. Fonte: Brasil de fato | Redação: Opera Mundi | Foto: Secretaría de Cultura de la...