14/06/2016
Ministros do Tribunal Superior do Trabalho divulgaram nesta segunda (13) manifesto em que defendem a manutenção das regras trabalhistas e criticam o uso da crise para a defesa da retirada de direitos. Assim, contrariam o presidente do Tribunal, Ives Gandra da Silva Martins Filho, empossado em fevereiro, que tem defendido a mudança e a flexibilização das regras. Gandra cita a crise como uma razão para isso. É possível notar, em determinado trecho do documento, que os ministros reivindicam também um melhor orçamento para o Tribunal. Mas as afirmações vão além de uma pauta corporativa. Eles lembram a importância das regras, e portanto, da CLT (sem citá-la diretamente) para a reparação de trabalhadores e trabalhadoras: “A Justiça do Trabalho (…) é reconhecida por sua atuação célere, moderna e efetiva, qualidades que muitas vezes atraem críticas. Nos últimos dois anos (2014-2015), foram entregues aos trabalhadores mais de 33 bilhões de reais em créditos trabalhistas decorrentes do descumprimento da legislação, além da arrecadação para o Estado Brasileiro (entre custas e créditos previdenciários) de mais de 5 bilhões de reais”. Em seguida, os ministros reconhecem que a realidade produtiva brasileira mudou bastante desde que as atuais regras foram criadas. Mas ressaltam que a miséria, o trabalho escravo e explorações de todo tipo permanecem, a despeito dos avanços tecnológicos. E atacam: “Muitos aproveitam a fragilidade em que são jogados os trabalhadores em tempos de crise para desconstruir direitos, desregulamentar a legislação trabalhista, possibilitar a dispensa em massa, reduzir benefícios sociais, terceirizar e mitigar a responsabilidade social das empresas”. Em outro trecho, criticam a proposta de abolir as regras hoje existentes e delegar as relações capital-trabalho para o campo puro e simples da negociação. O texto afirma que a proposta deturpa o princípio constitucional da negociação, consagrado no caput do artigo 7 da Constituição, “que é o de ampliar e melhorar as condições de trabalho”. E não, portanto, de reduzir direitos. O mesmo trecho lembra que a relação entre os dois campos é extremamente desigual – e na citação não se deixa de entrever uma crítica ao movimento sindical: “É importante lembrar que apenas 17% dos trabalhadores são sindicalizados e que o salário mínimo no Brasil (sétima economia do mundo) é o menor entre os 20 países mais desenvolvidos, sendo baixa, portanto, a base salarial sobre a qual incidem a maioria dos direitos”. Partindo para a conclusão, o manifesto alerta: “O momento em que vivemos não tolera omissão! É chegada a hora de esclarecer a sociedade que a desconstrução do Direito do Trabalho será nefasta sob qualquer aspecto: econômico (com diminuição dos valores monetários circulantes e menos consumidores para adquirir os produtos oferecidos pelas empresas, em seus diversos ramos,); social (com o aumento da precarização...29/04/2016
Neste dia 1º de maio de 2016, ano em que o golpe contra a democracia ameaça os direitos da classe trabalhadora, celebramos as conquistas históricas e reafirmamos o papel da maior central sindical de trabalhadores do estado, na defesa desses direitos e na luta constante de mais conquistas para todos os trabalhadores e trabalhadoras. O dia primeiro de maio, ao contrário do slogan utilizado por algumas empresas, não é o dia do trabalho, mas sim dos trabalhadores e trabalhadoras. A data surgiu depois que em 1886, 500 mil trabalhadores foram às ruas em Chicago, nos Estados Unidos, exigindo a redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias. Os trabalhadores e trabalhadoras foram sumariamente reprimidos, alguns foram presos, outros agredidos e quatro foram executados. A luta pela redução da jornada veio somente quatro anos depois, em 1890. Em 1889 o Congresso Operário Internacional, reunido em Paris, decretou o 1º de maio, como o Dia Internacional dos Trabalhadores, um dia de luta! Por esses trabalhadores americanos e por tantos outros que morreram lutando por melhores condições de vida e distribuição de renda, o dia 1º de maio é celebrado. Os homenageados são os mártires da nossa história e todos os trabalhadores e trabalhadoras que são os verdadeiros construtores da riqueza do nosso país! Estamos todos juntos nessa luta! Anos de direitos conquistado não serão retirados com um golpe! Vai ter muita Luta! Fonte: Direção Executiva da...11/03/2016
Sindicato fará chamada em rádio e carro de som para denunciar o abuso Trabalhadores de Chapecó estão sendo obrigados a participar do ato organizado pelos patrões para amanhã, sábado, dia 12 – no município a passeata será em data diferente da que está sendo chamada pelas entidades empresariais e partidos da direita para o domingo. Denúncias chegaram ao SINDICOM (Sindicato dos Empregados no Comércio de Chapecó) de que os patrões estão obrigando seus trabalhadores a comparecer na passeata, sob ameaças. Em uma democracia devemos, sim, respeitar o direito à livre manifestação, mas, jamais, admitir este tipo de posicionamento dos patrões. “As pessoas são livres para se manifestar nessa passeata, mas precisam fazer isso conscientes de que estão participando de um ato que defende o fim de vários direitos dos trabalhadores, a terceirização sem limites e o fim de programas sociais como o Minha Casa Minha Vida, o ProUni e o FIES”, lembrou o presidente do SINDICOM Ivo Pereira Moraes. Moraes lembra que o compromisso de qualquer empregado do comércio está no seu local de trabalho e que nenhum patrão pode, de nenhuma forma, exercer pressão para participar de um ato que atende os interesses dos patrões. “Nós vamos não apenas denunciar esse tipo de pressão dos empresários, mas também renovar a ênfase no convite para que os trabalhadores estejam nas ruas no dia 18 de março, aí sim, para defender os interesses da classe trabalhadora, de forma pacífica, sem disseminar o ódio e defendendo seus direitos”, afirmou Ivo...