25/04/2016
Durante a Plenária da Frente Brasil Popular em conjunto com a Frente Povo Sem Medo foi destacada a necessidade de continuar ocupando as ruas para barrar o golpe contra a democracia em curso no país, por isso, um novo grande ato foi agendado para o dia 1º de maio. O encontro, que reuniu lideranças de diversos partidos de esquerda, movimentos sociais, sindicais e centrais, lotou o auditório da Federação dos Trabalhadores no Comércio no Estado de Santa Catarina – FECESC, no último dia 19 de abril. Para o presidente do Partido dos Trabalhadores de Florianópolis (PT), Carlos Eduardo de Souza (Cadu), o que estava em jogo era o poder que a democracia tem para mudar a vida das pessoas. Nas últimas quatro eleições, um governo popular foi eleito e reeleito para comandar o país e ainda de acordo com ele, a direita tem tentado derrubar este projeto por meio de golpes. “Eleger um projeto de desenvolvimento social já bastou para levantar o ódio de uma elite patriarcal, racista, homofóbica e classista. Muita coisa que estava escondido na vida privada dos golpistas vieram a público. O que ficou bem claro na fala de alguns deputados que votaram a favor do golpe, com um discurso de morte aos diferentes. O nosso maior aliado é o tempo, assim, a população começa a enxergar esses discursos e se unir contra esse fascismo escancarado”, avaliou Cadu. O deputado estadual Dirceu Dresch ressalta que o projeto político brasileiro chegou “ao fundo do poço” quando elegeu uma Câmara como aquela, que votou a favor do golpe no domingo (17). “Um exemplo do atual cenário é aquela deputada que votou pedindo o fim da corrupção e no dia seguinte a Polícia Federal prende o marido dela. A presidenta Dilma só está passando por isso, porque ela não se entregou aos corruptos. Temos como reverter essa situação, mas temos que ganhar as ruas para isso. Estamos ganhando a opinião da sociedade e com mais tempo vamos conquistar mais pessoas para o nosso lado”, disse. A presidenta da Central Única dos Trabalhadores de Santa Catarina – CUT-SC, Anna Julia Rodrigues afirmou que é preciso reunir toda a esquerda para fazer frente ao golpe. Ela, que esteve em Brasília contou que no último dia 15, a capital brasileira estava vermelha e somou mais de 100 mil pessoas no local. “Nós sempre estivemos nas ruas e agora estaremos muito mais para que esse golpe arquitetado não passe”, afirmou. Entre os principais encaminhamentos da Plenária está o grande ato no dia 1, com atividades culturais; a mobilização dos comitês pela democracia que já existem e a criação de novos; panfletagens em comunidades e empresas; se unir ao ato do Fórum dos Servidores...22/04/2016
Os conglomerados midiáticos nacionais exercem papel central na crise política que culminou com a admissão do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff no último domingo (17/4). O tratamento hostil dos grandes meios não só ao governo, mas aos movimentos sociais e a toda e qualquer iniciativa social de contraponto ao modelo liberal requer do movimento de defesa da democratização da comunicação estratégias de atuação cada vez mais incisivas. Esse tem sido o entendimento geral da XIX Plenária Nacional do FNDC, que reúne cerca de 140 pessoas, entre delegados, observadores e convidados, no Espaço Anhanguera, em São Paulo. Aberta na tarde desta quinta (21/4), a plenária trouxe um debate de conjuntura com o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP), o professor João Sicsú, do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e Rosane Bertotti, coordenadora geral do FNDC. Rosane analisou que há um movimento de unidade entre os conglomerados de telecomunicações e de radiodifusão para fortalecer o grupo oposicionista liderado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o vice-presidente Michel Temer. “Antes, as teles e a radiodifusão atuavam cada uma pro seu lado. Agora, estão cada vez mais unidas no apoio ao golpe em curso, junto, inclusive, com o Judiciário”. Rosane lembrou da afirmação de Dilma, ainda em 2014, de que a regulação da mídia seria uma das agendas centrais de seu segundo mandato. “Com o avanço da conjuntura, fomos percebendo essa intenção como algo cada vez mais distante. Se conseguirmos reverter esse golpe, não podemos mais aceitar um governo que não executa a pauta para a qual foi eleito”, afirmou. Para o deputado Orlando Silva, ainda é possível reverter a tentativa de impeachment presidencial. Ela observou que resistência no Brasil terá desdobramentos em toda a América Latina. “Denunciar o golpe é uma luta que vai além das nossas fronteiras e é fundamental para a resistência no plano internacional. A aliança golpista, composta por corruptos, traidores, torturadores e defensores do grande capital, nos impôs uma derrota política importante. A batalha, no entanto, está em curso no Senado e acho que não devemos dá-la por perdida”, afirmou o parlamentar. Ele analisa que o Senado é um campo muito diverso, diferente da atual composição da Câmara. “O Senado ainda não votou a terceirização e a redução da maioridade penal, pautas que simplesmente passearam pela Câmara e foram aprovadas rapidamente. Isso mostra que há uma diferença entre as casas. Agora, é claro que não podemos ser ingênuos, mas temos que manter viva a mobilização nas ruas em defesa da democracia”, opinou Silva. Para o professor João Sicsú, há duas possibilidades imediatas, o governo Dilma-Lula e um governo Temer-Cunha. “Se a primeira opção for vitoriosa, está...12/04/2016
“Empresários defendendo o Brasil e a classe trabalhadora? Algo muito grave está por trás de todo este circo montado pelos patrões a favor do golpe.” A FECESC, unida a outras entidades do Movimento Sindical dos Trabalhadores de Santa Catarina, produziu um material que será distribuído à população em todas as regiões do Estado, mostrando os interesses que estão por trás da tentativa de golpe à Democracia brasileira. Diz o texto que: “Na hora dos trabalhadores solicitarem aumento de salário e pedir mais direitos, os patrões nunca têm dinheiro. Desconfiamos profundamente quando estes mesmos empresários investem milhões em campanhas pedindo o golpe. Eles, que têm muito apreço pelo seu dinheiro e seus lucros, devem ter algo muito importante por trás disso tudo.” No panfleto são listadas alguns dos objetivos que levam o empresariado a financiar o golpe: – Estabelecer o negociado sobre o legislado, tornando possível o fim das leis trabalhistas; – Redução das férias para menos de 30 dias; – Redução da licença maternidade; – Fim da multa do FGTS, facilitando as demissões sem justa causa; – Redução do valor das horas extras; – 13º salário menor e parcelado em diversas vezes; – Fim dos aumentos do salário mínimo; – Reforma da Previdência; – Aprovação da terceirização sem limites, pois um trabalhador terceirizado recebe em torno de 30% a menos que os trabalhadores não terceirizados....30/03/2016
O site Mapa da Democracia denuncia deputados que apoiam o golpe para a deposição da presidenta Dilma Rousseff e divulga o nome dos que ainda estão indecisos ou já se posicionaram contrários à medida. A página traz um cronômetro com contagem regressiva para a votação na Câmara Federal. “A ideia é dar total apoio para quem defende a democracia e disputar os deputados indecisos. Solte o verbo no e-mail, Twitter e Facebook no sentido de mostrar por que você acha que ele tem que votar contra”, pedem os organizadores. “Impeachment só pode ser aplicado em caso de comprovação de crime de responsabilidade e Dilma não é sequer acusada de um. A Câmara, presidida pelo réu Eduardo Cunha, conduz um processo de impeachment ilegal”, alerta o site. Para conferir a posição dos parlamentares sobre o golpe, clique aqui. Fonte: Revista...29/03/2016
Por Francisco Alano – Presidente da FECESC – Federação dos Trabalhadores no Comércio no Estado de Santa Catarina. Começamos 2015 com a crise política. Descambamos para uma crise econômica incendiada pela operação Lava-Jato. Manifestações de rua vieram logo em seguida e, por fim, voltamos para a política por meio de um processo de impeachment contra a presidenta Dilma Roussef. Aqueles que historicamente jogaram contra o Brasil agora posam de “bons moços” defensores da ética. Estamos apenas em março de 2016 e, ao olharmos para traz, parece que já se passaram longos meses. Ao fim deste turbilhão, temos uma certeza: vivemos um período decisivo para a História dos trabalhadores brasileiros, onde, caso não ficarmos conscientes, perderemos o pouco da qualidade de vida que, com muita luta, conquistamos nos últimos anos. Como na História o acaso não existe, resta a questão: o que está por trás de todo este espetáculo? Quais os interesses que movem o atual jogo político? Qual a batuta que conduz a orquestra? Aqui não resta dúvida, são três as forças políticas e econômicas que atuam alinhadas no atual cenário brasileiro: Globo, Estados Unidos e empresários brasileiros. À frente de todo este processo está o Grupo Globo de Comunicação, o maior e mais poderoso monopólio de mídia do Brasil (seguida fielmente por quase todas as demais redes de comunicação). Empresa capitalista da comunicação que é, atua diariamente manipulando a opinião pública, criminalizando e deslegitimando sindicatos e movimentos sociais, visando estabelecer o império do consumismo e da ignorância. Em segundo lugar está a crise mundial e a descoberta de riquezas grandiosas no Brasil, como o Pré-Sal, acirrando a voracidade do sempre presente imperialismo estadunidense. Não há dúvidas de que, ao desmontar todo o setor de infraestrutura brasileiro, o juiz Sérgio Moro atua como principal agente do imperialismo no Brasil, abrindo as portas do país para as multinacionais do Petróleo. Por fim, completa o quadro de forças e interesses que estão coordenando este momento, as entidades empresariais organizadas (FIESC, Fecomércio, CDLs, Associações Comerciais e Industriais e todos seus similares nacionais e estaduais). Globo, imperialismo e empresários, os mesmos que sempre lucraram com a pobreza do povo brasileiro, agora se colocam como os defensores da moral e da justiça. Que tipo de hipocrisia une estas forças? Que os trabalhadores não se enganem, o objetivo de todo este espetáculo montado desde o início do ano passado não é, de forma alguma, combater a corrupção. O objetivo real é uma ampla reforma trabalhista como forma de reduzir custos através da redução de direitos, destruição de programas sociais e ampliação da pobreza. Os trabalhadores, neste momento fundamental da própria História, não podem se enganar. Os patrões, aqueles mesmos que lutam para reduzir salários, fomentar...Siga-nos
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