24/06/2019
Expectativa de melhora na economia também caiu, afetando mais a confiança dos comerciantes, segundo apuração da CNDL e do SPC Brasil Após um período de suposta euforia entre as eleições de 2018 e a posse de Jair Bolsonaro (PSL) na Presidência da República, a confiança dos comerciantes brasileiros com a economia despencou. É o que mostra o Indicador de Confiança do Micro e Pequeno Empresário, elaborado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Em maio, o índice registrou 59,5 pontos, ante 65,7 em janeiro. O índice que mede as expectativas em relação à economia para os próximos meses teve queda de quase 9 pontos no mesmo período. A situação evidencia a estagnação econômica que o país vive. Desde o início do ano, as projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro vêm sendo reduzidas, o que reflete nos negócios e na confiança dos comerciantes. Segundo o indicador, 76% dos micro e pequenos empresários não notaram melhora da economia nos últimos seis meses. Ainda assim, 65% dizem estar confiantes de que a situação vai melhorar, embora 40% deles não saibam explicar em que baseiam essa expectativa. Entre os comerciantes pessimistas com a economia, 53% justificam essa percepção pelo ambiente de incertezas políticas, enquanto 43% acreditam existir um risco em razão das dificuldades econômicas, como aumento dos preços e queda do emprego. Para 30%, a queda na confiança dos comerciantes deve-se ao fato de discordarem das medidas econômicas que vem sendo adotadas pelo governo Bolsonaro. Além do clima geral, a avaliação das vendas no mês de maio também não foi das melhores. Para 57% dos micro e pequenos comerciantes, não houve melhora nas vendas. Para o presidente da CNDL, José Cesar da Costa, a quebra de confiança dos comerciantes se justifica pela demonstração de incapacidade de governar e de responder aos problemas do país que ficaram evidentes nos primeiros cinco meses de governo Bolsonaro. “Os dados mais uma vez sinalizam os ruídos políticos gerados ao longo dos meses, os quais trouxeram incertezas sobre a capacidade de aprovação das reformas e do próprio desempenho da economia, que vêm frustrando a classe empresarial e também consumidores”, analisa. “O micro e pequeno empresário segue mais confiante do que no mesmo período do ano passado e na comparação com o auge da crise, mas a euforia que seguiu às eleições agora está mais contida. No segundo semestre, ainda haverá mais uma chance de esses indicadores voltarem a subir, no entanto, tudo vai depender de como será o ambiente político, ou seja, das medidas necessárias para a retomada da economia”, diz o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior. Fonte: Rede brasil Atual | Foto:...19/06/2019
O governo anunciou que irá autorizar que 78 setores da economia funcionem normalmente aos domingos e feriados, atacando direitos trabalhistas e flexibilizando ainda mais relações de trabalho. Quem trabalhar nestes dias pode deixar de ganhar adicional O anúncio do decreto foi feito pelo secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho. A medida permitirá que diversos setores da indústria, dos serviços, da pecuária e da agricultura funcionem normalmente em domingos e feriados. Isto poderá tirar o pagamento de adicional a trabalhadores. Também vai aumentar o poder dos grandes empresários sobre o tempo e a vida do trabalhador, sendo que agora poderá ser mais exigida a presença no local de trabalho em domingos e feriados. Recentemente o governo também já havia anunciado um corte de 90% das normas de saúde e segurança no trabalho. Um conjunto de medidas do governo Bolsonaro, anunciadas como “desburocratização” e “liberdade econômica”, que servem para retirar travas jurídicas para a exploração desenfreada, visando incrementar o lucro dos grandes empresários e latifundiários. Junto à Reforma Trabalhista e a lei da terceirização ilimitada aprovadas durante o governo do golpista Temer, as medidas de Bolsonaro vêm para arrasar os direitos trabalhistas. Além de também querer aprovar a reforma da Previdência que vai fazer os trabalhadores morrerem sem nunca se aposentarem. Não à toa Bolsonaro já tinha dito no ano passado, depois de eleito, que as leis trabalhistas têm que “se aproximar da informalidade” e que “ser patrão no Brasil é um tormento”. Ao contrário da demagogia do governo, para combater o desemprego não é preciso flexibilização dos direitos trabalhistas, como a própria Reforma Trabalhista fracassou em fazer, com o país amargando 13,4 milhões de desempregados quase 2 anos após a aprovação da reforma. É preciso proibir as demissões, reduzir o número de horas trabalhadas sem redução do salário, para que mais pessoas possam trabalhar, e investir em planos de obras públicas para geração de empregos. Parte de um programa que deve ser imposto pela luta dos trabalhadores junto da juventude, para fazer com que os capitalistas paguem pela crise econômica. Veja quais setores serão afetados: I – Indústria Laticínios; excluídos os serviços de escritório. Frio industrial, fabricação e distribuição de gelo; excluídos os serviços de escritório. Purificação e distribuição de água (usinas e filtros); excluídos os serviços de escritório. Produção e distribuição de energia elétrica; excluídos os serviços de escritório. Produção e distribuição de gás; excluídos os serviços de escritório. Serviços de esgotos (excluídos os serviços de escritório). Confecção de coroas de flores naturais. Pastelaria, confeitaria e panificação em geral. Indústria do malte; excluídos os serviços de escritório. Indústria do cobre eletrolítico, de ferro (metalúrgica) e do vidro; excluídos os serviços de...06/06/2019
“Precisamos parar Bolsonaro, ele é um maníaco”, disse o presidente do grupo Paradiset, maior rede de produtos orgânicos da Escandinávia; decisão de boicotar produtos brasileiros vem como retaliação à liberação, por parte do governo brasileiro, de centenas de agrotóxicos, a maior parte deles proibidos na Europa O grupo suéco Paradiset, maior rede de supermercados de produtos orgânicos da Escandinávia, informou, nesta quarta-feira (5), que decidiu boicotar todos os produtos brasileiros que comprava até então. O motivo é o fato de o presidente Jair Bolsonaro, desde que assumiu, ter liberado centenas de agrotóxicos – a maior parte deles proibidos em países da União Europeia. “Precisamos parar (o presidente) Bolsonaro, ele é um maníaco (…) Quando li na imprensa a notícia da liberação de tamanha quantidade de agrotóxicos pelo presidente Bolsonaro e a ministra (da Agricultura) Tereza Cristina, fiquei tão enfurecido que enviei um email a toda a minha equipe, com a ordem ‘boicote já ao Brasil”, afirmou à RFI o presidente da rede, Johannes Cullberg. “Não podemos em sã consciência continuar a oferecer alimentos do Brasil a nossos consumidores, num momento em que tanto a quantidade como o ritmo da aprovação de novos agrotóxicos aumenta drasticamente no país. Decidimos portanto retirar os produtos de nossas prateleiras”, completou o empresário. A rede de supermercados já retirou de suas prateleiras produtos brasileiros como quatro diferentes tipos de melão, melancia, papaya, limão, manga, água de coco e duas marcas de café, além de uma barra de chocolate que contém 76% de cacau brasileiro em sua composição. Liberou geral Desde que Jair Bolsonaro se tornou presidente do Brasil, 169 novos tipos de agrotóxicos foram autorizados no país. Na última liberação, em maio, foram 31 novos tipos de veneno que entraram em solo nacional. Desses 31 agrotóxicos, 29 são produtos técnicos equivalentes, ou seja, reproduções de princípios ativos já autorizados, sendo três do polêmico glifosato, associado a um tipo de câncer em processos bilionários nos Estados Unidos. O número de defensivos aprovados no Brasil vem crescendo significativamente nos últimos três anos, fato que preocupa ambientalistas e profissionais da saúde. Em 2015, foram 139. Em 2018, 450. A maior parte dos agrotóxicos legalizados no Brasil são proibidos na maior parte do mundo. Fonte: Revista Fórum | Foto:...04/06/2019
Apesar de ainda não ter passado pelo Congresso, proposta virou realidade por trás dos muros das escolas e cria clima hostil nas salas de aula; “Eu já penso em largar a docência”, diz um dos professores consultados pelo iG Replicado em diversos projetos de lei que estão em – lenta ou encalhada – tramitação no Congresso, o Escola Sem Partido ganhou força assim que o presidente Jair Bolsonaro foi declarado eleito em outubro do ano passado. Afinal, poucos dias após o segundo turno das eleições, a deputada estadual Ana Caroline Campagnolo (PSL-SC) fez seu polêmico pedido por vídeos de denúncias contra professores. Meses depois, um docente acabou demitido por causa de uma gravação e, mais tarde, o próprio presidente da República chegou a compartilhar em seu Twitter imagens de uma aluna confrontando a professora. Diante de tais episódios, medidas tomadas pelo próprio Ministério da Educação (MEC), e outros tantos casos que pouco repercutiram na mídia, é possível compreender que o Escola Sem Partido há muito deixou de ser uma proposta de lei que precisaria passar pelo Congresso para, de fato, mudar a rotina dos professores e dos alunos dentro das salas de aula. Afinal, como alguns dizem, o Escola Sem Partido é hoje uma ideia. “Estou pensando em largar a docência”, desabafa à redação do iG uma pessoa que leciona sob o mesmo sistema de ensino em que dava aula o professor de Geografia demitido em abril , após ser filmado por alunos criticando Bolsonaro. “Eles [os estudantes ] se sentem encorajados a questionar o professor. O aluno não está mais indo para a escola a fim de aprender e debater. Ele está querendo, acima de tudo, pegar o professor, em busca de algum flagra”, lamenta o professor Marcelo* – cujo nome real será preservado por esta reportagem. Uma aula de história sem nomes e sem debates Marcelo* dá aulas de História do Brasil e ele conta que falar sobre política na sala de aula tem sido difícil já há algum tempo. No entanto, neste ano, a situação se agravou. “Os professores falavam sobre o assunto quando havia alguma relação com a matéria. Até ano passado, muitos alunos não concordavam com o que era dito na sala, mas havia discussões, a gente debatia. Hoje, depois do ocorrido [a demissão de um professor], a gente começou a ficar bem alerta”, afirma. “Eu parti para a autocensura. Não falo o nome de político nenhum, entre os atuais, na sala de aula. Qualquer nome é perigoso”, diz o docente de História do Brasil. “Tem professor que passou a gravar todas as próprias aulas, para se proteger no caso de alguma gravação editada ser publicada por aí, sob um contexto que não...29/05/2019
Valores baixos dos benefícios e altos custos da capitalização fizeram 18 países voltarem atrás, após implantação do sistema. Para o presidente da CUT e economista, capitalização só interessa aos bancos O sistema de capitalização, em que o trabalhador faz a própria poupança para sua aposentadoria, defendido pelo ministro da Economia, o banqueiro Paulo Guedes, com apoio de Jair Bolsonaro (PSL), não deu certo em 60% dos países em que foi implantado, segundo a Organização Mundial do Trabalho (OIT). Entre 1981 e 2014, segundo os pesquisadores da OIT, 18 dos 30 países que adotaram a capitalização fizeram uma nova reforma para reverter algumas mudanças da previdência privada para a pública: Argentina, Equador, Bolívia, Venezuela, Nicarágua, Bulgária, Cazaquistão, Croácia, Eslováquia, Estônia, Hungria, Letônia, Lituânia, Macedônia, Polônia, República Tcheca, Romênia e Rússia. Outros 12 ainda mantêm a reforma, apesar do forte empobrecimento dos idosos: Colômbia, Chile, Peru, Uruguai, México, El Salvador, Costa Rica, República Dominicana, Panamá, Armênia, Nigéria e Gana. Entre os problemas verificados pela entidade estão: – baixa remuneração do aposentado devido aos altos custos fiscais e administrativos do novo sistema, com benefício médio de 20% do salário do trabalhador quando na ativa, como aconteceu na Bolívia – a OIT recomenda no mínimo 40% desse valor; – o aumento do rombo da Previdência pública por causa dos custos da mudança do sistema. Na Argentina, por exemplo, o custo foi inicialmente estimado em 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB), mas foi revisto para 3,6% do PIB – 18 vezes mais alto; – o aumento da desigualdade social porque as pessoas que têm rendimento mais baixo pouparam menos e, consequentemente, receberam uma aposentadoria muito menor. Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, a pesquisa da OIT comprova o que a Central vem denunciando: a capitalização é uma tragédia para a maioria dos trabalhadores, que não vai conseguir se aposentar porque não tem como poupar. Os que conseguirem, vão receber uma miséria. “Mas, estamos falando de uma remota hipótese de aprovação da proposta. Tenho certeza que os trabalhadores e as trabalhadoras irão lutar muito para impedir que isso aconteça. Já temos mobilização nesta quinta [30] contra a reforma da Previdência e contra os cortes na educação e no dia 14 de junho vamos fazer uma greve geral histórica para impedir os ataques nos direitos dos trabalhadores”. Além disso, a proposta é também um desastre para o país, que vai arrecadar menos porque o consumo vai cair, as empresas não terão para quem vender, o desemprego vai aumentar ainda mais, critica Vagner. Valores baixos dos benefícios e altos custos da capitalização fizeram 18 países voltarem atrás, após implantação do sistema. Para o presidente da CUT e economista, capitalização só interessa aos bancos ...Siga-nos
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