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28° Grito dos Excluídos questiona “Independência para quem?” neste 7 de setembro
06/09/2022
Este ano, o Grito dos Excluídos, tradicional manifestação que ocorre desde 1995 em várias cidades do país, volta às ruas exigir dignidade direitos. É a voz das populações mais vulneráveis ocupando seu espaço     Movimentos sociais, religiosos e centrais sindicais, entre elas a CUT, se unem mais uma vez para o tradicional Grito dos Excluídos, mobilização que acontece em todo o país no dia 7 de setembro, dia da Independência do Brasil, desde 1995. “É um chamado ao povo brasileiro, no dia em que se comemora uma ‘independência formal’, para lembrar que essa independência ainda não foi conquistada plenamente”, explica a secretária de Mobilização e Relação com os Movimentos Sociais da CUT Nacional, Janeslei Albuquerque. As pautas do Grito dos Excluídos vão da defesa da democracia à luta por inclusão, direitos, políticas públicas que garantam dignidade às populações mais vulneráveis como segurança, saúde e educação. Todo ano, um tema é destacado para ser o foco das manifestações.  O tema de 2022, ano do bicentenário da independência e 28º Grito dos Excluídos, é justamente a independência.  O grito de luta vai questionar: “Independência para quem”? O objetivo é refletir sobre a trajetória do Brasil e de sua população mais pobre – população que ficou fora do centro das políticas da maioria dos governos ao longo desses 200 anos. Um dos motes do grito deste ano, que se tornou permanente desde que a pandemia de Covid-19 escancarou o descaso do governo de Jair Bolsonaro (PL) com a saúde e a vida da população é  “Vida em primeiro lugar”, que também esteve na pauta do Grito dos Excluídos do ano passado.       O grito que não cala Iniciativa da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o primeiro Grito dos Excluídos teve  como tema “A fraternidade e os excluídos”. A data escolhida para as manifestações não foi ao acaso. A ideia de fazer um contraponto ao “Grito do Ipiranga”. “A cada 7 de setembro, o Grito dos Excluídos vem para lembrar que o Brasil ainda não garantiu os direitos de cidadania à maioria da nação. São pessoas que fazem parte da sociedade, mas não  usufruem dos direitos básicos de cidadania”, diz Janeslei. “Os direitos nunca foram concessões das elites do país e sim fruto de muita luta da classe trabalhadora e dos povos excluídos, que ocuparão as ruas na próxima quarta-feira”, ressalta a dirigente, justificando a importância dos atos que já estão marcados em várias cidades do Brasil. Confira a lista no final do texto.   Povo no orçamento Em um ano emblemático em que o Brasil se depara com um momento crucial em que vai escolher que futuro deseja para seu povo, os movimentos sociais saem às ruas para reforçar que necessidade de...

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