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ALESC realiza III Congresso Nacional do Parto Humanizado
26/07/2017
A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina, em parceria com a Escola do Legislativo, vai realizar o III Congresso Nacional Parto Humanizado, nos dias 9, 10 e 11 de agosto, a partir das 8h, no Auditório Deputada Antonieta de Barros da ALESC. O evento, que vai debater o protagonismo da mulher nas decisões do parto, é uma proposta da deputada estadual Ana Paula Lima (PT). Na ocasião, ocorrerá também o I Congresso de Fotografia e Vídeo de Parto “Afirmando a Autonomia da Mulher”. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo site da Escola do Legislativo da Alesc. Para mais informações: (48) 3221- 2904. Confira a programação: Quarta, 9 de agosto 8h – Credenciamento 8h30 – Composição da mesa e cerimonial de abertura Ana Paula Lima (deputada estadual) Daphne Rattner (Presidenta da Rehuna) Vivian Scangiantte (Fotógrafa Além D’Olhar) 9h – O Papel Fundamental das Imagens na Transformação do Parto no Brasil Maria Esther Vilela – Coordenadora Geral de Saúde das Mulheres – MS 9h40 – O Poder da Imagem na Humanização do Parto: fotografar com propósito 10h30 – Fotografia de Parto: caminhos e desafios – VÍVIAN FURQUIM SCAGGIANTE – SUZANNE SHUB – MARCIA CRISTIANE KOHATSU 11h – Parto Delas: um olhar fotográfico sobre o parto humanizado no SUS – MARCELA CARVALHO BELTRÃO CAVALCANTI – ROBERTA DE SOUSA MARTINS – DEBORA GUILHERME DE AMORIM 13h – Almoço 14h – Estratégias de Mídias Sociais para consolidar a fotografia na humanização do parto – ALLANA KERN DE DUTRA CORIA 15h40 – Ética e Direitos Autorais na Fotografia de Parto – LEONARDO RAMOS PINTO 17h – Fotografia de Parto: uma Oportunidade de Transformação – NAOLI VINAVER 18h – Encerramento   Quinta, 10 de agosto 8h – Credenciamento 9h – Composição da Mesa de Homenagem ao Dr.Ricardo Herbert Jones Ana Paula Lima (deputada estadual) Maria Esther Vilela (Coordenadora Geral de Saúde das Mulheres ? MS) Daphne Rattner (Presidenta da Rehuna) 9h30 -Humanização do Parto e do Nascimento numa Perspectiva Transcultural – DAPHNE RATTNER 10h40 – O Protagonismo da Mulher no Processo de Gestação, Parto e Nascimento Odaléa Maria Bruggemann (Dra. Enfermeira) (Enfermeira obstétrica) Carolina Schatz ( Fisioterapeuta e doula) – ODALEA MARIA BRUGGEMANN – CAROLINA SCHATZ DA SILVA – MAYRA DE FREITAS CALVETTE 12h – Almoço 13h30 – Vídeo de Parto – Além D’Olhar Fotografia 13h45 -Ética nas Mídias Sociais 15:15h – Dinâmica propositiva introdutória ao assunto da Violência Obstétrica – MARIANA SALVATTI MESCOLOTTO – VÍVIAN FURQUIM SCAGGIANTE – INARA FONSECA FERREIRA MANDU DA SILVA 15h30 -Violência Obstétrica: direitos sexuais e reprodutivos roubados – CAMILA ALEXANDRA SCHNECK – ADELIR CARMEN LEMOS DE GOES – DANIELE BEATRIZ MANFRINI 17h – Assistência à Mulher Negra: desigualdades sociais em saúde Elaine Soares (Enfermeira) 18h -Encerramento   Sexta, 11 de...
Do que estamos falando quando falamos sobre mulher e trabalho?
08/03/2017
Por Lenina Formaggi A relação entre mulher e trabalho não é recente – no Brasil, sua presença é significativa em muitos setores da indústria desde o início do século XX, seja diretamente, no chão de fábrica, ou indiretamente, realizando tarefas domésticas que permitiam a diminuição dos custos de sobrevivência de suas famílias. O que pode ser considerado relativamente novo é a ‘feminização’ do mercado de trabalho, ou seja, o crescimento contínuo das taxas de participação femininas desde a década de 1970. Mais adiante, em 2015, as mulheres passam a representar 44% da população economicamente ativa no Brasil. Porém, apesar da paridade quantitativa, podemos dizer que existe igualdade qualitativa? A inserção econômica massiva das mulheres garantiu mais autonomia e igualdade em outras esferas? Em primeiro lugar, precisamos saber que a forma pela qual a mulher se insere no mercado de trabalho é pautada por uma ordem de gênero e por uma divisão sexual cuja intenção é criar uma “separação de papeis” aparentemente determinada pela condição biológica – conferir à mulher a função primordial de cuidar da esfera doméstica, ou privada, e ao mesmo tempo atribuir a essa esfera um valor social inferior ao da “pública”. Ao produzirmos e reproduzirmos estas noções desde as etapas iniciais de socialização, fazemos com que elas condicionem fortemente as formas desiguais de inserção de homens e mulheres na sociedade, de maneira ampla, e no mundo do trabalho mais especificamente. Basta observar, por exemplo, a valorização de determinadas atividades em detrimento de outras. De forma geral, atividades exercidas por homens (especialmente por homens brancos) recebem maior reconhecimento da sociedade – implicando, ao fim e ao cabo, maior poder e maiores rendimentos. Já as ocupações feminizadas que guardam semelhanças com tarefas de cuidado familiar e doméstico (professora, enfermeira, assistente social) geralmente são desvalorizadas – e mal remuneradas. As funções desempenhadas na esfera privada sequer têm seu valor econômico reconhecido. Nessa divisão, geram-se resultados que impactam desde a jornada de trabalho (ao redor do mundo as mulheres têm um dia de trabalho mais longo) até a forma de inserção da mulher no mercado: ao repetirmos indefinidamente que determinadas características (paciência, docilidade, habilidade manual, cuidado) seriam ‘aptidões naturais’ e exclusivas das mulheres criamos uma situação de estreitamento das oportunidades de inserção feminina. Ainda que possamos considerar que fatores como a divisão sexual do trabalho na família e a sexualização de percursos educativos sejam fundamentais na produção de discriminação e desigualdade no mundo profissional, vale lembrar a ressalva feita pela pesquisadora Margaret Maruani: o mercado de trabalho não tem um papel passivo. Ele não é simplesmente o lugar em que as desigualdades vindas ‘de fora’ são reproduzidas: ele próprio é um produtor de diferenças, de desigualdades, de segregação e de...
Mulheres trabalham cinco horas a mais e ganham 76% do salário dos homens
05/12/2016
O crescimento econômico do Brasil na última década não se refletiu em mais igualdade no mercado de trabalho. Com ou sem crise, as mulheres brasileiras continuam trabalhando mais – cinco horas a mais, em média – e recebendo menos. A renda das mulheres equivale a 76% da renda dos homens e elas continuam sem as mesmas oportunidades de assumir cargos de chefia ou direção. A dupla jornada também segue afastando muitas mulheres do mercado de trabalho, apesar de elas serem responsáveis pelo sustento de quatro em cada dez casas. As constatações são da Síntese de Indicadores Sociais – Uma análise das condições de vida da população brasileira, divulgada na sexta-feira (2), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa estudou os indicadores entre os anos de 2005 e 2015. As mulheres tendem a receber menos que os homens porque trabalham seis horas a menos por semana em sua ocupação remunerada. Porém, como dedicam duas vezes mais tempo que eles às atividades domésticas, trabalham, no total, cinco horas a mais que eles. Ao todo, a jornada das mulheres é de 55,1 horas por semana, contra 50,5 horas deles. De acordo com a pesquisadora do IBGE Cristiane Soares, os homens continuam se esquivando de tarefas da casa, o que se reflete em mais horas na conta delas. “Na década, a jornada masculina com os afazeres domésticos permanece em 10 horas semanais”, destacou. Mesmo trabalhando mais horas, as mulheres têm renda menor, de 76% da remuneração dos homens. Esse número era de 71% em 2005 e reflete o fato de mulheres ganharem menos no emprego e também por não serem escolhidas para cargos de chefia e direção. Dos homens com mais de 25 anos, 6,2% ocupavam essas posições, contra 4,7% das mulheres com a mesma idade. Porém, mesmo nesses cargos, fazendo a mesma coisa, o salário delas era 68% do deles. Apesar deste cenário, a pesquisa mostra que cresce o número de mulheres chefes de família. Considerando todos os arranjos familiares, elas são a pessoa de referência de 40% das casas. Entre aqueles arranjos formados por casais com filhos, uma em cada quatro casas é sustentada por mulheres. O percentual de homens morando sozinho com filhos é mínimo. Nem trabalham, nem estudam Acompanhando a tendência mundial, as mulheres jovens entre 15 e 29 também estão em desvantagem em relação aos homens da mesma idade. No Brasil, boa parte delas interrompe os estudos e para de trabalhar para cuidar da casa. Entre o total de mulheres, 21,1% não trabalha nem estuda, contra 7,8% dos homens. Em uma década, a situação dos jovens chamados de nem-nem mudou pouco. Em 2005, 20,2% das mulheres estavam nesta situação e 5,4%...

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