27/01/2023
Nova rodada de negociação foi marcada para o dia 9 de fevereiro, às 13h30min, na Fiesc Não houve acordo na segunda rodada de negociação visando o reajuste do Piso Salarial Estadual em 2023, realizada na tarde de hoje (26), na Federação patronal, em Florianópolis. Os patrões se limitaram a propor reposição das quatro faixas do Piso de acordo com o INPC dos últimos 12 meses, de 5,93%. Do lado dos representantes das federações, sindicatos dos trabalhadores e Dieese, antes de tudo, é necessário negociar a partir do reajuste obtido pelo Salário Mínimo Nacional, mais a possibilidade anunciada pelo governo Lula, de um novo reajuste em 1º de maio, quando se comemora o Dia Internacional do Trabalhador. A comissão de trabalhadores reivindica 5% de ganho real (11,13% de reajuste no total). A próxima rodada de negociação está agendada para as 13h30min do dia 9 de fevereiro, no mesmo local. As análises de conjuntura feitas pelos economistas do Dieese, José Álvaro Cardoso e Maurício Mulinari deixaram claro que esta é uma negociação adequada para concessão de aumento real no Piso Salarial Estadual de modo a impulsionar o mercado interno do país, até porque a capacidade industrial está em expansão, e o comércio (mais de 18%) e serviços (mais de 15%) tiveram incremento significativo no último ano. José Álvaro Cardoso lembrou que a mesa de negociação em Santa Catarina é peculiar, diferente do que acontece nos cinco estados onde o Piso Estadual foi instituído – “aqui negociamos o reajuste”, disse -, citou a pesquisa da Cesta Básica para uma família de quatro pessoas, realizada pelo Dieese desde a década de 80, e apontou que em Florianópolis o valor chegou a R$ 769,00, em média. O diretor sindical do Dieese e coordenador da mesa de negociação, Ivo Castanheira, reforça que a proposta patronal precisa melhorar. “O índice de reajuste do Salário Mínimo, hoje, já está em 7,43%, e possivelmente em maio chegará a 9%. Em hipótese alguma é possível fechar o acordo do Piso Estadual pelo INPC. Nunca negociamos abaixo do índice do salário mínimo, sempre teve um aumento real, esperamos que o patronal reflita e venha com outra proposta”, insiste o dirigente. Já o economista José Álvaro Cardoso avalia que as partes chegarão a um acordo, até pela experiência adquirida pelo grupo nestes 13 anos de negociações: “Acredito que chegaremos a um denominador comum”, resume. Texto e fotos: Sérgio Homrich – Informa...14/12/2021
Com participação numerosa de representantes dos trabalhadores e também do setor empresarial, a primeira rodada de negociação não contou com contraproposta apresentada à mesa. Esta primeira reunião, como normalmente ocorre quando o processo negocial se inicia, serviu para que os dois lados apresentassem sua visão da conjuntura e o porquê de defenderem maior ou menor reajuste no Piso Salarial. O coordenador sindical do Dieese Ivo Castanheira, que coordena as negociações do lado dos trabalhadores, assinalou que o Piso em Santa Catarina tem valores abaixo do praticado no Paraná e até mesmo do Rio Grande do Sul, onde está congelado há dois anos. A reivindicação dos trabalhadores para reajuste em 2022 é de 100% do INPC acumulado em 2021 (o índice será divulgado no início de janeiro de 2022), mais 5% de aumento real. O supervisor técnico do DIEESE José Álvaro Cardoso assinalou que o Piso, atualmente, não apresenta uma diferença muito grande em relação ao Salário Mínimo nacional, sendo que a faixa menor apresenta valores 16% maiores que este. Ele lembrou, também, que o salário mínimo ideal para a população brasileira, divulgado pelo Dieese esta semana, é de R$ 5.969,17 – o cálculo considera a remuneração mínima para uma família com dois adultos e duas crianças. Para o economista, não existe outra saída para nosso estado e para o Brasil que não seja ampliar o mercado interno: “Esta mesa não vai resolver sozinha essa situação, mas cabe a nós definirmos uma política de valorização do Piso que fará, sim, a sua parte”, afirmou. A segunda rodada ficou marcada para o dia 12 de janeiro, às 13h30, na sede da Fiesc. A expectativa dos representantes dos trabalhadores é de uma contraproposta patronal com aumento real. “Este é o décimo segundo ano em que negociamos o reajuste para o Piso e, desde sempre, nosso objetivo é recuperação de perdas e ganho real, não abriremos mão disso”, declarou Ivo castanheira, que representa o Dieese nas negociações e, também, a Federação dos Comerciários –...25/11/2019
Trabalhadores reivindicam equiparação com o Piso do Paraná e empresários não apresentaram contraproposta; nova negociação está marcada para o dia 11 de dezembro Representantes dos trabalhadores e dos empresários catarinenses iniciaram, nesta segunda-feira 25 de novembro, pela décima vez na história, o processo de negociação que definirá o reajuste do Piso Salarial Estadual. A pauta dos trabalhadores, entregue no dia 19 de novembro, reivindica a equiparação do Piso Salarial ao praticado hoje no estado do Paraná, o que significa um reajuste médio de 12% para as quatro faixas do piso catarinense. Os empresários não apresentaram nenhuma contraproposta e marcaram nova rodada de negociação para o dia 11 de dezembro, às 13h30. O Piso regional beneficia 33 categorias que não possuem sindicatos, portanto, não têm negociações coletivas específicas. A Lei Complementar nº 459 (de 30 de setembro de 2009), instituiu o Piso em Santa Catarina e previu em seu Art. 2º, parágrafo único, que a atualização será objeto de negociação entre as entidades sindicais dos trabalhadores e empregadores, sendo o único estado no país em que esta negociação ocorre. A negociação reúne, como representação dos trabalhadores, todas as centrais sindicais do estado, mais as federações independentes. Estiveram representadas na mesa de negociação nesta segunda-feira as Centrais e Federações: CUT, UGT, CSB, Intersindical, Nova Central e Força Sindical, Fetiesc e Fetaesc, com a coordenação do Dieese-SC. Os empresários foram representados por dirigentes das federações da área dos transportes, hospitais, agricultura e comércio, com a coordenação do diretor jurídico da FIESC Carlos Kurtz. A expectativa dos representantes dos trabalhadores é de que os empresários entendam a necessidade urgente de valorizar os menores salários, que é justamente quem gasta esses valores no mercado interno, consumindo produtos e serviços das micro, pequenas e médias empresas locais, fazendo assim girar a economia e ajudando a manter a faixa empresarial que mais tem sofrido com a crise que o estado e o país atravessam. “A economia nos dois estados é muito semelhante, com muita diversidade na produção e dinamismo no setor de serviços, nós entendemos que não há motivos para o empresariado catarinense ficar atrás e não valorizar seus trabalhadores e, inclusive, seu próprio mercado consumidor”, lembrou o coordenador sindical do Dieese-SC Ivo...