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Uma cena de guerra, contra uma gente que luta
26/05/2017
Trabalhadores e trabalhadoras de Santa Catarina estiveram em Brasília no maior ato da classe trabalhadora dos últimos tempos, a forte repressão policial feriu um estudante catarinense Um dia planejado há meses, dia 24 de maio data escolhida pelas centrais para ocupar Brasília. Foram mais de 500 ônibus da CUT e 1000 ao total, que veio de diferentes regiões do país, mais de 30 vindos de Santa Catarina, que seguiram à capital federal protestar contra as reformas da previdência e trabalhista e, depois dos escândalos envolvendo a delação do empresário da JBS, o ato somou mais as pautas da renúncia imediata do Temer e pedido de eleições diretas para presidente. Ao amanhecer o dia, a capital federal se viu ocupada por ônibus que se concentraram no estádio Mané Garrincha e de lá, após o almoço, os cerca de 200 mil manifestantes seguiram em marcha até a esplanada dos Ministérios. A intenção dos trabalhadores que participavam do ato era de mostrar a indignação dos brasileiros e brasileiras frente às reformas sugeridas por Temer e que tramitam no Congresso Nacional. O coro do “não retire nossos direitos”, foi um coro ouvido de fora a fora vindo dos cinco caminhões de som que seguiam a passeata. Fazia um sol forte, muitos haviam viajado por dias para estar ali, mas a energia em cada passada era contagiante, mal sabiam os trabalhadores o que os esperavam em frente ao Congresso Nacional. As pessoas que estavam à frente do ato já tinham chego na esplanada e parte da passeata nem tinha saído totalmente do estádio Mané Garrincha. Bastou o povo se aproximar do gramado que fica em frente ao Congresso Nacional, para começar a ouvir barulhos de bombas. O pelotão da Policia Militar, junto com a Guarda Nacional fez um paredão e cercou totalmente o acesso das pessoas ao Congresso Nacional, além de afastar o povo mais de 1 quilômetro longe do prédio, a polícia não deixava as pessoas se concentrarem no gramado que fica em frente. Muita bomba de efeito moral foi jogada pela polícia, a repressão não foi somente ao pelotão de frente que revidava as agressões policiais, mas todos e todas que tentavam se aproximar do caminhão de som principal que estava a frente do gramado. Parecia um campo minado, pessoas corriam para todos os lados, alguns caiam ou se deitavam pra se proteger e não inalar tanta fumaça. A polícia cessava por alguns minutos, o povo retornava para próximo caminhão e a policia atacava novamente. Essa cena de guerra se repetiu por mais de três horas, tempo que os manifestantes ficaram resistindo e mostrando a força dos trabalhadores. Aí chega a notícia que o presidente Michel Temer faz um decreto e autoriza...
Fora Temer, retirada das reformas e Diretas Já!
22/05/2017
A Direção da CUT considera de extrema gravidade as denúncias, fartamente documentadas com provas consistentes e divulgadas no dia 17 de maio nos meios de comunicação envolvendo o presidente ilegítimo Michel Temer no pagamento de propina, oriundas da empresa JBS, a Eduardo Cunha com o objetivo de mantê-lo calado em relação a crimes de corrupção envolvendo o próprio Michel Temer e o núcleo do seu governo. As denúncias atingem também um dos expoentes das forças que lhe dão sustentação política e parlamentar, o presidente do PSDB, senador Aécio Neves, que teria recebido recursos igualmente ilícitos de Joesley Batista, dono da JBS e que chegou a dizer, ao se referir a um de seus colaboradores: “Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer a delação”.  Além da clara intenção de obstruir o trabalho da Justiça, os fatos tornam público, de forma irrefutável, a natureza criminosa da quadrilha que assaltou o poder ao promover o golpe contra a Presidenta Dilma. Ao mesmo tempo, os fatos tornam insustentável a continuidade do governo golpista. Neste momento crucial de aprofundamento da crise política, a CUT soma-se ao conjunto de forças democrático-populares para exigir Fora Temer, a retirada dos projetos da reforma da previdência e da reforma trabalhista da pauta do Congresso e a convocação e eleições diretas para eleger um novo Presidente e um novo Parlamento, com atribuições de poder constituinte. Deverá ser devolvido ao povo o direito soberano de escolher seus representantes para pavimentar o caminho para as mudanças estruturais necessárias para restaurar e consolidar a Democracia e promover um novo ciclo de desenvolvimento. A CUT e os movimentos sociais representados pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo têm tido um papel fundamental na resistência ao governo golpista e a sua agenda neoliberal e regressiva, desencadeando um processo crescente de mobilizações nas capitais e cidades do interior nos dias 8, 15 e 31 de março e que culminaram na histórica greve geral do dia 28 de abril que envolveu mais de 40 milhões de trabalhadores/as. O recado foi dado: só a luta popular será capaz de derrotar o governo golpista e ilegítimo e de impedir que sejam retirados direitos fundamentais da classe trabalhadora.  Apesar de termos isolado o governo golpista, que conta com baixíssimo índice de aprovação, ele insiste em manter as reformas criminosas contra a classe trabalhadora. Diante da gravidade do momento, a CUT orienta suas bases a permanecerem em estado permanente de mobilização, e as conclama a saírem às ruas das capitais e cidades do interior e a ocuparem Brasília no dia 24 de maio para exigir: QUE O CONGRESSO RETIRE DA PAUTA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA E A REFORMA TRABALHISTA  FORA TEMER! DIRETAS JÁ!  Direção Executiva...
Alerta Social: o que você perdeu nos últimos 365 dias
12/05/2017
Há um ano, a presidenta eleita Dilma Rousseff foi afastada do governo. Foi o dia em que o Senado admitiu a abertura do processo de impeachment aprovada semanas antes na Câmara, em 17 de abril. Imediatamente, o vice Michel Temer tomou posse para não mais deixar a cadeira. E com ele um dos ministérios mais ficha-suja da história recente do país. O ministério que Dilma classificou de CCC (canalhas, calhordas e corruptos), com revelará em breve em livro ainda a ser lançada, com a ajuda do jornalista Olímpio Cruz, secretário de comunicação da ex-presidenta até então. O documento Alerta Social. Qual direito você perdeu hoje?, iniciativa de ativistas, pesquisadores, especialistas, gestores, cidadãos e cidadãs, traz um balanço minucioso das consequências para o Brasil e os brasileiros, da ruptura no ciclo democrático e do retrocesso nas políticas sociais desencadeados desde então. “O desmonte do Estado e o descaso com as políticas sociais resultam na retirada de conquistas reconhecidas no mundo todo”, diz o site do Alerta Social. “Não é possível assistir à perda de direitos e ao golpe à democracia e ao povo brasileiro sem reação. A sociedade precisa estar alerta e denunciar cada ato desse desgoverno ilegítimo. Este canal foi criado para contribuir nesse processo.” Logo em seguida das paralisações de março e da greve geral de 28 de abril, com paralisações e greve geral, a manifestação popular em Curitiba, neste 10 de maio, durante o depoimento de Luiz Inácio Lula da Silva ao juiz Sérgio Moro, são sinais de que a reação popular se amplia. “Independentemente de quantas pessoas foram, é uma mobilização inédita no Brasil, não tem precedente”, diz o jornalista Ricardo Amaral à RBA. O Alerta Social reúne neste documento de 80 páginas, em 365 itens, ou seja, um por dia de governo Temer, tudo o que aconteceu com a democracia, a agricultura familiar, a cultura, a educação, as empresas públicas, a saúde e assistência social, habitação, os direitos dos índios, das mulheres, dos negros, os trabalhistas e a Previdência. Leia o estudo do Alerta Social, acesse aqui a página.   Fonte: Rede Brasil...
A maior greve geral do Brasil
02/05/2017
Para centrais, greve é um duro recado e pressionará o governo Ao final do dia de greve geral, as centrais sindicais, mais do que uma avaliação positiva, afirmam que o movimento vai pressionar o governo e o Congresso e mudar a correlação de forças no debate sobre as reformas. “É um recado muito duro do povo brasileiro aos congressistas e ao governo golpista de Temer”, disse o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre. “Desde o início, estávamos convencidos de que seria a maior greve da história do Brasil. E foi.” Balanço das centrais fala em até 40 milhões de trabalhadores com participação nesta sexta-feira (28). Segundo Sérgio Nobre, “deputados e senadores que têm pretensão de reeleição precisam ouvir a voz do povo”. O alcance da paralisação nacional, afirma, é sinal de apoio popular e de descontentamento da sociedade com as reformas trabalhistas e da Previdência. O dirigente lembrou que, conforme pesquisas, 90% rejeitam as propostas do governo, que também tem baixíssima popularidade. Ele também destacou a união entre as várias centrais sindicais, que trabalharam conjuntamente para a organização do movimento. “A greve de hoje só foi possível pela unidade”, afirmou. As centrais se reunirão na semana que vem, possivelmente na quinta-feira (4), para discutir os próximos passos. Mas já na próxima segunda-feira, em todos os atos de 1º de Maio das entidades, deverá ser lido um documento conjunto. O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, também acredita que a situação muda a partir de agora. “A greve é para fortalecer uma proposta que o governo entenda. É a chamada voz das ruas”, afirmou, apostando em uma negociação no Parlamento. “Tem muitos democratas no Congresso que podem ajudar a achar uma solução.” O substitutivo de “reforma” trabalhista, aprovado quarta-feira (26) na Câmara, seguiu para o Senado. E a própria Câmara ainda discute a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de “reforma” da Previdência. As atividades de hoje superaram “em muito” as de 15 de março e devem ter surpreendido o governo, diz o presidente da UGT, Ricardo Patah. “Foi um momento importante no sentido de que a sociedade mostrou indignação com os irresponsáveis da Câmara dos Deputados”, afirmou. Ele defendeu que as centrais conversem desde já com o Senado, “onde está depositado esse projeto infame”, referindo-se às propostas de mudanças na legislação trabalhista. “Muda muito (o debate)”, acredita Patah. “O governo não esperava nem 10% disso (greve).” Agora, ele acredita que o Planalto terá de rever sua estratégia de impor as reformas “de forma açodada”. E o movimento dá novo ânimo ao 1º de Maio, que “será pautado por essa manifestação”. “O Brasil cantou Raul”, disse o presidente da CTB, Adilson Araújo, baiano como Raul Seixas, autor de...
A maior greve geral de Santa Catarina
02/05/2017
A maior greve geral dos últimos tempos parou as principais cidades e rodovias catarinenses e deixou o recado para a população que só a luta nas ruas para garantir os direitos. Dia 28 de abril, histórico em Santa Catarina foi com muita luta por todo o estado, foram rodovias paradas, trabalhadores paralisados, piquetes em portas de fábrica e de bancos. Foi muita mobilização, muito trabalhador parado e muito prejuízo ao grande capital. Toda essa mobilização para protestar contra as reformas sugeridas por Michel Temer do PMDB, que retiram direitos históricos dos trabalhadores. Para Anna Julia Rodrigues, presidenta da CUT-SC há mais de décadas que os trabalhadores e trabalhadoras não se uniam dessa forma. “Protagonizamos a maior greve da história de Santa Catarina, conseguimos mobilizar trabalhadores de diferentes categorias, do setor público, privado e rural e deixamos o recado para cada político que está votando contra os trabalhadores: nós estamos unidos e paramos o Brasil”. A avaliação positiva foi unânime entre todas as centrais que estavam na organização. “Junto com movimento social, estudantil e com apoio da igreja católica, o dia 28 de abril foi um dia que entra para a memória de lutas dos trabalhadores catarinenses. Foram semanas e semanas de trabalho que contou com a ajuda de várias lideranças de norte a sul desse estado. Foi uma greve construída nas bases, que os trabalhadores nos receberam de braços abertos e se engajaram conosco. Mesmo aqueles que não puderam parar, manifestaram o seu apoio e depositaram nesse grande dia a esperança de barrar essas reformas ”, destaca Anna. Cidades fantasmas – Além das mobilizações nas estradas, o movimento grevista parou o transporte público nas principais cidades. Em Florianópolis, Criciúma e Blumenau os motoristas e cobradores ficaram paralisados por 24 horas. Já em Lages, Joinville e Chapecó as garagens e terminais urbanos foram bloqueados no início da manhã por algumas horas. Com a falta de transporte público as ruas das grandes cidades ficaram vazias e vários estabelecimentos não abrirão suas portas. Em Criciúma, Palhoça e Imbituba parte do comércio local também aderiu a greve e não abriu nesse dia 28. Em Florianópolis os poucos comerciantes que abriram as lojas, acabaram fechando no final da manhã. Foi uma cena histórica em que a passeata dos grevistas tomava as ruas e as portas do comércio de Florianópolis se fechavam. “Já faziam quase 30 anos que não víamos uma cena como essa, para nós representantes dos comerciários, estamos de alma lavada. O comércio é a ponta do capitalismo e a greve só traz resultado quando afeta o capital. Nós conseguirmos nesse dia histórico dar o recado aos patrões que não aceitamos nenhuma retirada de direitos e que será nas ruas que vamos derrotas...

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