28/08/2019
Professores de economia mostram que a Operação Lava Jato foi responsável pela perda de milhões de postos de trabalho no país, colocou em recessão a construção civil e naval, entre outros setores e retraiu o PIB A atividade da construção civil perdeu 31% de nos últimos 20 trimestres, retornando ao patamar de dez anos atrás. Ou seja, desde 2015, início da crise econômica que o setor vem amargando perdas até chegar ao quadro atual de recessão. Uma das causas para que o setor amargue números tão ruins é a Operação Lava Jato, que com o discurso de combate a corrupção paralisou obras em todo o país e levou às principais empreiteiras e estatais, como a Petrobras, a perderem mercado interno e externo. Somente a construção civil registrou saldo negativo entre contratações e demissões de 991.734 vagas formais, entre 2014 e 2017. As maiores construtoras do país, Odebrecht, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Queiroz Galvão, Galvão Engenharia, UTC e Constran tiveram perdas de 85% de suas receitas entre 2015 e 2018, passando de um faturamento conjunto de R$ 71 bilhões para apenas R$ 10,8 bilhões. Nesse mesmo período, a construção pesada fechou um milhão de postos de trabalho no país, o equivalente a 40% das vagas de emprego perdidas na economia. A Lava Jato impactou também nos setores metalomecânico, naval, construção civil e engenharia pesada, cujas perdas podem totalizar até R$ 142 bilhões. Essa perda fez o Produto Interno Bruto (PIB) cair 2% e 2,5%,em 2015 e 2016, respectivamente. Enquanto nos anos de 2010 a 2014, a economia brasileira, sem a existência da operação Lava Jato, cresceu 3,2% como média anual, na segunda metade da década de 2010, com a presença da operação Lava Jato, o país regrediu em média, 1% ao ano. Com isso, o desempenho do PIB foi de apenas 1,1% como média anual nos últimos 10 anos. Os dados sobre a construção civil e os impactos nos demais setores e no PIB, foram divulgados pelo professor de economia do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Luiz Fernando de Paula, o doutorando no Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rafael Moura, o professor do Departamento de História da UFRJ, Pedro Henrique Pedreira Campos, e o presidente da Fundação Perseu Abramo, Marcio Pochmann, que numa série de artigos analisaram os impactos negativos da Operação Lava Jato no desenvolvimento econômico e no nível de emprego no país, na edição deste mês do jornal do Conselho Regional de Economia do Rio de Janeiro (Corecom), clique para ler. “A Operação Lava Jato contribuiu para sufocar setores inteiros que eram responsáveis por parte significativa do crescimento da economia nacional como petróleo...25/02/2016
Por Francisco Alano – Presidente da FECESC Manchetes de grandes jornais brasileiros cotidianamente são ocupadas com intermináveis fases da operação Lava-Jato e seus impactos na maior e mais estratégica empresa brasileira: a Petrobras. Na versão propagandeada, a queda do valor de suas ações é motivada pelos escândalos de corrupção. Estes escândalos têm origem nas relações da empresa com o Estado brasileiro, ou seja, na sua natureza pública. O que chama a atenção é que a outra grande gigante do setor de mineração e extração de óleo e gás, a Vale, apresenta a mesma desvalorização em suas ações, mas, quase nenhuma linha é escrita sobre o tema. Resta saber: se a desvalorização é a mesma, qual o interesse da imprensa em jogar luz sobre a Petrobras e ocultar a Vale? As cotações das ações das duas empresas, desde o início da operação Lava-jato, apresentam similaridade impressionante. Em março de 2014 (início da operação), a Vale tinha cotação unitária de R$ 27,09 e A Petrobras R$ 12,78. Desde então, apresentaram queda permanente de valor, 71% e 65%, respectivamente. Ou seja, se um investidor tivesse comprado no mês de março de 2014 um pacote de R$ 10 mil em ações da Vale e outro de R$ 10 mil em ações da Petrobras, hoje ele teria R$ 2,9 mil em ações da Vale e R$ 3,5 mil nas da Petrobras. O movimento de ambas está baseado na queda geral do preço dos produtos de exportação brasileiros. O preço do minério de ferro (Vale), caiu de em torno de 120 dólares a tonelada para os atuais 45 dólares a mesma tonelada. Já o preço do petróleo (Petrobras), caiu de 100 dólares o barril em março de 2014 para os atuais 30 dólares. A queda foi de 62% para o preço do minério de ferro e 70% para o petróleo. Ou seja, mesmo com a queda maior no preço do petróleo e com o suposto (e forjado) impacto da operação Lava-jato, a Petrobras desvalorizou menos que a Vale. A origem do fato de, mesmo com a similaridade entre as empresas, a Petrobras encontrar-se no olho do furacão e a Vale (empresa que provocou o desastre do Rio Doce em Minas Gerais) ficar longe dos noticiários e das manchetes de jornais é um só: uma empresa é pública, propriedade do povo brasileiro, e a outra é privada, produto de uma privatização que é um dos maiores escândalos de corrupção da história do Brasil. O interesse desta distorção é criar um clima favorável na sociedade brasileira para legitimar a privatização de um dos nossos maiores patrimônios: a Petrobras e a exploração do Pré-sal. Não à toa, “jornalistas” da alçada de Willian Waak e Miriam Leitão vivem a...