22/09/2015
No dia 9 de outubro o DIEESE realiza reunião da diretoria sindical, aberta para todos os dirigentes interessados. O início da reunião será às 9h30, com a seguinte pauta: Campanha de filiação; Audiência Pública na ALESC alusiva aos 60 anos do DIEESE e debate sobre o livro “O petróleo é nosso”, de Maria Augusta Tibiriçá Miranda. Todos e todas interessados/as são convidados a participar, o debate será no auditório da FECESC (A. Mauro Ramos, 1624, Centro). Venha e participe da reunião e do debate sobre conjuntura econômica e Petrobrás. Sobre o livro “O petróleo é nosso” Nascida em 1917, a paulista Maria Augusta Tibiriçá Miranda faleceu em 2015. Formada em Medicina, sua militância começou ainda na juventude em campanhas médico-sociais e feministas. Dedicou-se intensamente à campanha “O Petróleo é Nosso”. E, desde 1947, lutou pela defesa do monopólio do petróleo no Brasil. Foi presidente do Movimento em Defesa da Economia Nacional (Modecon). O livro “O Petróleo É Nosso! – A luta contra o Entreguismo, pelo Monopólio Estatal” de 1983, é considerado referência histórica para todos os brasileiros e brasileiras no debate do tema. O Sindpetro-RJ produziu, em 2009, o filme “O Petróleo Tem Que Ser Nosso – Última Fronteira”, que apresenta entrevista com a autora do livro. Você pode conferir em AQUI....26/06/2015
Por José Álvaro de Lima Cardoso, Economista e supervisor técnico do DIEESE em Santa Catarina Está tramitando no Senado, em regime de urgência, Projeto de Lei do senador José Serra (131/2015), que muda as regras de exploração das reservas do pré-sal no Brasil. O projeto elimina o artigo da lei que garante à Petrobrás participação mínima de 30% do consórcio vencedor de cada bloco licitado no pré-sal e retira da estatal a condição de operadora única nas atividades de exploração de petróleo em águas profundas no Brasil. Um dos argumentos do senador é que isso tiraria da empresa a responsabilidade de participar da exploração exclusiva do pré-sal que, para o parlamentar em questão, seria um fardo a ser carregado. Os argumentos do senador vêm sendo devidamente combatidos pelos especialistas no setor e por interessados em defender o maior patrimônio que o povo brasileiro ainda dispõe, o óleo e o gás existentes no pré-sal. Neste debate vale destacar alguns aspectos: 1) A exclusividade na operação do pré-sal e a obrigatoriedade de participação em pelo menos 30% da exploração do pré-sal não são fardos ou sobrecarga, mas uma imensa vantagem competitiva da empresa em relação à concorrência. Abrir mão disso seria renunciar à possibilidade de reter no país um grande percentual da riqueza representada pelo pré-sal, que pode chegar a 20 trilhões de reais. 2) Com a descoberta do pré-sal o Brasil passou a ser um país com reserva estratégica: já constatou a existência de 60 bilhões, que pode chegar a 300 barris, o que nos colocaria na condição de uma das maiores reservas do planeta. O petróleo, por ser fonte estratégica de energia está no centro do jogo de poder e sua história é a das quarteladas, golpes e revoluções. Os países que privatizaram a extração e a distribuição pagaram e pagam um alto preço por isso, incluindo alguns de nossos vizinhos, como a Argentina. 3) A possibilidade de ser operadora única do pré-sal garante à Petrobrás um maior controle nacional da extração de petróleo, o que é praticamente impossível quando a extração ficar por conta das multinacionais, visto que se trata de poços que ficam, muitas vezes, a 300 km da costa brasileira. São comuns as fraudes nesse tipo de exploração, quando não há um controle eficaz do processo de extração. No caso do Brasil, como existe uma lei que destina 75% dos royalties do petróleo para a educação e 25% para a saúde, a fraude na extração do petróleo por parte das empresas, significaria menos recursos para estes dois setores. 4) Não há empresa no mundo com a capacidade técnica e operacional de extração de petróleo em águas profundas e ultra profundas que tem a Petrobrás. Isso foi...