“”Em uma semana, Berlusconi será provavelmente obrigado a renunciar. É o fim de um pesadelo””, disse Eco, de 79 anos, numa entrevista destinada a promover seu novo romance, O Cemitério de Praga, a ser lançado terça-feira nos Estados Unidos.
Berlusconi, um magnata conservador de 75 anos, perdeu o apoio de parte da bancada governista em meio a uma crescente crise política e econômica que ameaça desestabilizar ainda mais a economia europeia.
“”Teríamos tido esta crise econômica sem Berlusconi, mas o problema teria sido mais leve. Ele não é respeitado no exterior, então não pode representar o país””, disse o inflamado Eco, agitando um charuto fino e apagado entre os dedos.
Berlusconi, que já foi premiê da Itália em três ocasiões desde 1994, enfrentou nos últimos meses uma onda de escândalos sexuais e acusações de corrupção, mas é a situação financeira da Itália que ameaça derrubá-lo.
“”Se Berlusconi desaparecer amanhã, os problemas não terão acabado, mas pelo menos no fórum internacional a Itália será tratada com respeito””, disse Eco, cujo romance O Nome da Rosa, de 1980, vendeu milhões de exemplares no mundo todo.
O escritor não acha, no entanto, que as alternativas políticas disponíveis sejam muito melhores. “”A oposição é tão doente quanto Berlusconi. Eles estão brigando entre si, então não serão capazes de oferecer uma alternativa sedutora. Esta é a segunda tragédia da história.””
Novo livro
O Cemitério de Praga, uma aventura histórica que já se tornou best-seller em diversos países, é o sexto romance de Eco.
O livro conta a história de um falsificador responsável por um famoso documento que se torna uma das bases para o antissemitismo na Europa: os Protocolos dos Sábios do Sião.
Eco já tinha quase 50 anos quando começou a escrever romances, após uma bem-sucedida carreira acadêmica. Já era autor de vários livros de não ficção e de ensaios quando decidiu buscar novos desafios.
“”Num certo momento, decidi escrever uma história. Eu não tinha mais filhos pequenos para os quais contar histórias””, afirmou o autor, sentado na beirada de uma poltrona, vestido de forma casual com jaqueta de “”tweed””, camisa de brim e gravata de tricô.
E o sucesso como ficcionista o surpreendeu?
“”Quando a gente começa a escrever um livro, especialmente um romance, até a pessoa mais humilde do mundo espera virar um Homero””, disse Eco em tom brincalhão.
Por Edwrd MacAllister – repórter da Reuters
Fonte: Terra
Berlusconi, um magnata conservador de 75 anos, perdeu o apoio de parte da bancada governista em meio a uma crescente crise política e econômica que ameaça desestabilizar ainda mais a economia europeia.
“”Teríamos tido esta crise econômica sem Berlusconi, mas o problema teria sido mais leve. Ele não é respeitado no exterior, então não pode representar o país””, disse o inflamado Eco, agitando um charuto fino e apagado entre os dedos.
Berlusconi, que já foi premiê da Itália em três ocasiões desde 1994, enfrentou nos últimos meses uma onda de escândalos sexuais e acusações de corrupção, mas é a situação financeira da Itália que ameaça derrubá-lo.
“”Se Berlusconi desaparecer amanhã, os problemas não terão acabado, mas pelo menos no fórum internacional a Itália será tratada com respeito””, disse Eco, cujo romance O Nome da Rosa, de 1980, vendeu milhões de exemplares no mundo todo.
O escritor não acha, no entanto, que as alternativas políticas disponíveis sejam muito melhores. “”A oposição é tão doente quanto Berlusconi. Eles estão brigando entre si, então não serão capazes de oferecer uma alternativa sedutora. Esta é a segunda tragédia da história.””
Novo livro
O Cemitério de Praga, uma aventura histórica que já se tornou best-seller em diversos países, é o sexto romance de Eco.
O livro conta a história de um falsificador responsável por um famoso documento que se torna uma das bases para o antissemitismo na Europa: os Protocolos dos Sábios do Sião.
Eco já tinha quase 50 anos quando começou a escrever romances, após uma bem-sucedida carreira acadêmica. Já era autor de vários livros de não ficção e de ensaios quando decidiu buscar novos desafios.
“”Num certo momento, decidi escrever uma história. Eu não tinha mais filhos pequenos para os quais contar histórias””, afirmou o autor, sentado na beirada de uma poltrona, vestido de forma casual com jaqueta de “”tweed””, camisa de brim e gravata de tricô.
E o sucesso como ficcionista o surpreendeu?
“”Quando a gente começa a escrever um livro, especialmente um romance, até a pessoa mais humilde do mundo espera virar um Homero””, disse Eco em tom brincalhão.
Por Edwrd MacAllister – repórter da Reuters
Fonte: Terra
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